quarta-feira, setembro 14, 2005

Luz

No final revi a luz, a luz que estava escondida por entre as brumas daquela noite escura. A ferida sarou e o sangue cessou de correr na minha pele cansada. A luz que vi queimou as minhas retinas que já se tinham habituado ao breu. Abri devagar os olhos estonteados e vi-te. Já não eras mais sombra…agora eras luz resplandecente que cercava e iluminava todo o meu ser.
A tua luz falou comigo, perguntou-me o nome, perguntou-me por que eu gostava tanto de azul e prometeu-me protecção. Que luz linda…que lindo que és!
A tua luz quis conhecer-me, mergulhar no que eu sou, quis salvar o meu instinto, penetrar a minha imaginação. Que luz linda!
E cantei assim quando te vi:


Dá-me a tua luz!
Essa luz que me envolve,
Que me sossega a agonia
E me ilumina de dia…
Dá-me a tua luz!

Dá-me essa luz!
Que Ă© tĂŁo bela e segura
E me eleva no amor
E apaga o meu temor…
Dá-me essa luz!


E cantei vezes sem conta enquanto te aproximavas. Tu sorrias e a luz ficava cada vez mais intensa.
NĂŁo consegui tocar-te mas senti o teu calor e tu embalaste-me e nĂŁo mais me deixaste perder a escuridĂŁo!
Continuo a sentir-te e vou sentir-te para sempre num sentir eterno…

aster

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