segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Amar-te Assim

Amar-te assim, sem pressa
Com a noção apagada em sombra…
Não é a outra! É agora, é esta!
Mesmo que a noite traga penumbra.

E querer sĂł mais um dia
Mais outro e outro, eternamente…
E esquecer tudo o que se queria,
Vivendo este amor plenamente.

Pelo caminho seguindo a luz
Que surge no túnel do teu abraço,
Na doçura do beijo que me seduz
E no abrigo que é o teu regaço.

E quando acaba a amargura,
A que o mundo nos habituou,
Torna-se boa a loucura
Que longe daqui nos encontrou…

domingo, fevereiro 05, 2006

Perdido no Meu Achado

Rasgo-te e trago-te até mim
Imenso, cheio de nada
E, por fim,
Vazio de tudo o que Ă© teu.

Peço-te um desejo profundo
Maio que o céu ou o mar,
Maior que o mundo
Que vejo, que sinto, que cheiro.

Entrego-te a ti na noite
Escura de luz e de arte
Tiro do amor a parte
Que dĂłi,
Que esmaga,
Que rĂłi
E sigo mais um dia a lado
Contigo perdido no meu achado…


aster

A Lembrança de TI

Calmamente, abri a janela na esperança que, do outro lado, permanecesse um leve sorriso teu. Medi todos os meus gestos, como se fosse a última vez que tivesse a oportunidade de mover-me.
À lembrança, já cansada, vêm as palavras que proferiste quando inventaste a ideia da nossa solidão…foste cruel e duro…nem sequer olhaste nos meus olhos, nem sequer te interrogaste sobre o meu estado ao ouvir-te dizer que sentias o desgaste que te destruía vezes sem conta. Mas o amor, porventura, sofre desgaste? Achas mesmo que os sentimentos puros e verdadeiros (como os nossos) se esfumam como se de uma onda efémera se tratasse?
Enfim…impuseste-me a dor aguda com um molho de palavras amargas. Impuseste tudo aquilo que eu pensei que, ao teu lado, nunca poderia sentir.
Ficou o pó, a solidão… e isto é a lembrança completa que existe em mim da pessoa que ainda amo e que és tu.

aster