terça-feira, agosto 19, 2008

Noites

Nas ruas sem o futuro,
Nas frentes desajeitadas
Das gentes perturbadas.
O fumo
Torna invisível
A expressão mais evidente
No fundo da multidão
Da gente.

A névoa das glórias passadas
Pedida para ocultar
As desgraças do presente
E a boa bonança ausente.

A penumbra do sonho aceso
Para impedir o pesadelo
Que empresta o desespero
Às nossas noites.