quinta-feira, abril 02, 2009

Rua branca


A rua está branca

Não pura, mas branca

Coberta por uma intensa névoa

Que lhe dá o esplendor quase angelical

Da cândida manhã que vai passando.


A rua está branca

Esburacada, mas branca

Coberta de um pó ancestral

Que dela arranca todo o tormento

Da tarde, que lentamente vai pousando.


A rua está branca

Suja e torta, mas branca

Coberta por passos incertos

De gentes que erradamente a pisam

Na noite que a brancura vai matizando.


aster