
A rua está branca
Não pura, mas branca
Coberta por uma intensa névoa
Que lhe dá o esplendor quase angelical
Da cândida manhã que vai passando.
A rua está branca
Esburacada, mas branca
Coberta de um pó ancestral
Que dela arranca todo o tormento
Da tarde, que lentamente vai pousando.
A rua está branca
Suja e torta, mas branca
Coberta por passos incertos
De gentes que erradamente a pisam
Na noite que a brancura vai matizando.
aster
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